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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Despedida

Por várias vezes te observei no escuro.
Por várias vezes estendí minhas mãos, mas não pude alcançá-lo.
Por várias vezes te ví chorar, mas nada pude fazer.
Por vérias vezes tentei te dizer uma única palavra, mas minha boca não emitia som.

Por vérias vezes ouvia sua voz chamar meu nome, e sempre acordava.
Por várias vezes prestava atenção nas palavras que você dizia aos outros e quando você as falava diretamente á mim, eu era imatura demais para seguí-las.

Mas agora que entendo o que você quis dizer...
Te vendo assim, deitado e pálido, me parece em paz e sereno.
Agora suas palavras vão ficar para sempre em minha memória.

E deixo registrado aqui e agora, que sempre te amei, mas nunca te disse.
E deixei você ir sem ficar sabendo.

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